O Custo da Negligência: Por Que Proteger Seu Patrimônio é Urgente

O Custo da Negligência: Por Que Proteger Seu Patrimônio é Urgente

Em um país onde a violência e a criminalidade corroem recursos e sonhos, ignorar a proteção patrimonial torna-se um erro de consequências profundas. Negligenciar ativos não é apenas uma falha individual: é um risco que afeta toda a sociedade. Neste artigo, vamos explorar o impacto econômico da violência, o reflexo direto sobre bens e vidas, e as consequências da omissão, oferecendo caminhos práticos para uma defesa eficaz.

Entendendo o custo econômico da violência

Os números revelam a dimensão do problema. Estudos recentes apontam que a violência custa ao Brasil cerca de 11% do PIB nacional, o equivalente a mais de R$ 1 trilhão por ano. Em 2004, segundo o Ipea, esse valor foi de R$ 92,2 bilhões, correspondendo a 5,09% do PIB e R$ 519,40 per capita.

Entre 1996 e 2015, o custo total da criminalidade passou de R$ 113 bilhões para R$ 285 bilhões, em valores constantes, ou 4,38% do PIB. Nesse período, houve aumento de 170% nos gastos públicos e 135% no setor privado.

Para dimensionar o risco letal, em 2023 registraram-se 46.328 mortes violentas intencionais, a menor marca em mais de uma década, mas ainda alta, com 22,8 homicídios por 100 mil habitantes. Cada óbito custa, em média, R$ 1 milhão aos cofres públicos, totalizando R$ 46 bilhões anuais só com homicídios.

Impacto direto no patrimônio de indivíduos, empresas e Estado

Os custos da criminalidade se manifestam em diversas frentes, afetando tanto o setor público quanto o privado. Sem prevenção e planejamento estratégico, o patrimônio fica vulnerável a danos irreversíveis.

Além disso, empresas desembolsam cerca de R$ 170 bilhões anuais em segurança privada, enquanto gastos com seguros e indenizações somam R$ 51 bilhões. Na outra ponta, gastos judiciais e processos criminais atingiram R$ 37,8 bilhões em 2015, pressionando nosso sistema e nossos impostos.

A negligência e suas consequências

Quando indivíduos e organizações confiam apenas na resposta estatal, incidem em dois tipos de negligência: individual e coletiva. A falha individual ocorre ao não contratar seguro, não instalar sistemas de controle de acesso ou não diversificar investimentos. A falha coletiva emerge da omissão em cobrar políticas públicas eficientes, em fortalecer instituições ou em participar de ações comunitárias.

As consequências são devastadoras:

  • Perda de bens valiosos sem ressarcimento adequado;
  • Imóveis desvalorizados em áreas de risco;
  • Golpes financeiros e fraudes digitais sem proteção jurídica;
  • Desestruturação familiar por falta de seguros de vida ou reserva de emergência.

Cada um desses pontos representa não apenas um prejuízo material, mas também impacto emocional duradouro e redução de qualidade de vida.

Como proteger e valorizar seu patrimônio

Construir uma barreira eficaz exige ações coordenadas e contínuas. A seguir, orientações práticas para fortalecer sua segurança patrimonial:

  • Elabore um plano de proteção personalizado, mapeando riscos e vulnerabilidades;
  • Invista em seguros adequados (residencial, automotivo, de vida e empresarial);
  • Adote tecnologias de monitoramento e controle de acesso inteligentes;
  • Implemente rotinas de treinamento para familiares e colaboradores sobre prevenção;
  • Participe de redes comunitárias de vigilância e grupos de apoio;

Além dessas medidas individuais, é vital engajar-se em iniciativas coletivas. Cobrar dos governantes melhorias na segurança pública, apoiar projetos sociais que reduzam a criminalidade e promover campanhas de conscientização são formas de fortalecer a segurança coletiva.

Considerações finais

O custo da negligência ultrapassa cifras bilionárias: reflete sonhos interrompidos, famílias marcadas e economias estagnadas. Para reverter esse cenário, cada um de nós precisa assumir a responsabilidade de proteger e valorizar seu patrimônio.

Ao investir em planejamento, prevenção e engajamento, você reduz riscos, ganha tranquilidade e contribui para uma sociedade mais segura e próspera. Não deixe para depois: a hora de agir é agora.

Por Maryella Faratro

Maryella Faratro